De todas as ações humanas, a mais discreta e enigmática é o silêncio. Vezes machuca, vezes alivia. É sensato, mas também intrépido. O silêncio é omissivo ou comissivo, depende o momento.
O silêncio constrói a fama de alguns e a decadência de outros. Acusa e absolve. Nada é mais incisivo que o silêncio, sobretudo quando utilizado em contra-ataque.
O silêncio ignora, concorda, aceita, rejeita. O silêncio pode ser alegre, ou triste.
Contudo, o silêncio é atributo da inteligência. A partir dela o agente opta pelo sentimento que pretende manifestar. O tolo não é capaz disso. Ele grita, gesticula, geme. Pratica todas as ações permitidas, menos o silêncio. O silêncio o destrói.
O tolo jamais saberá encarar o silêncio ou respeitá-lo. O tolo é um tolo e jamais conviverá com a inteligência.
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